domingo, 8 de abril de 2007

(Carpe) Diem

Ontem, voltando para casa de manhã, pensei nisso.

Pensei como as pessoas interpretam mal essa expressão, ou como ela foi criada erroneamente.

Quando se pensa em carpe diem se pensa em aproveitar cada momento como se fosse o último, na busca de "- dor + prazer". Acredita-se que deve se aproveitar cada dia pois ele pode ser o último. É muito da história que o Diogo contou que a Andressa Campeão gostaria de ter "menos vergonha na cara".

Eu não entendo assim, aliás nem o Diogo, a quem empresto a pena em alguns trechos do post. Entendo que deve-se aproveitar o maior números de dias, de uma forma que seja agradável. De nada vale um dia de muitos prazeres se o próximo dia é de dor; de nada vale uma juventude de prazeres se você tem uma maturidade e um velhice prejudicada.

Carpe Diem é uma expressão que está ligada em primeiro lugar ao equilíbrio, depois ao chamado idílio, que em poesia, é como se fosse uma imagem que remete a um cenário pastoril, bucólico e extremamente carregado de lirismo.

Dá para perceber que isso não tem nada a ver com ir numa rave, ou se embriagar e ter uma overdose, não necessariamente nessa ordem. O Carpe Diem talvez esteja mais ligado ao conceito de qualidade de vida.

Parece-me uma coisa de vigarista, usar um termo latino que inspira sabedoria para justificar o oposto, digamos assim.

A verdade é que a vida continua, e pode acreditar que, mesmo que você morra de prazer, pode ter certeza que será o pior jeito possível de se aproveitar o dia.

9 comentários:

Renato Siviero dos Santos disse...

Diogo deu uma editada e melhorou muito o texto.

A Esquesita disse...

Eu ia comentar isso antes de ler seu comentário:

"Muito bom Renato! Tem mesmo muito do Diogo nesse texto."

Só que depois que li, perdeu a graça... já que o Diogo realmente "se meteu" no texto.

Mas continuo achando muito bom!!!
É legal saber mais sobre o mal uso das expressões.

João Ortiz disse...

Que bonito, um texto escrito a quatro mãos.=)

A Esquesita disse...

verdade...
=)

Renato Siviero dos Santos disse...

1- Não estou (amos) apresentando um mau uso da expressão. Não há um bom uso dessa expressão, ou uma regra gramatical. É uma expressão bem famosa e simboliza, hoje algo que eu acho equivocado.

2- Eu escrevi o texto, o Diogo leu aqui, pediu para mexer e eu deixei, claro. Acho que dá para para perceber o que ele escreveu e o que eu escrevi.

Unknown disse...

esse texto eu achei bem legal!

A Esquesita disse...

Desculpa, me expressei mal então.
Quis dizer que é legal saber do equívoco simbólico das expressões... assim tá melhor senhor Renato?

Renato Siviero dos Santos disse...

É, mais ou menos.

Porque eu não sei o que deveria significar Carpe Diem.

A crítica não vai ao uso da palavra, e sim ao tipo de ação relacionada à ela.

Anônimo disse...

velho,
vou ser bem chatão

se vc pegar a origem do termo ele tem muito mais a ver com isso do excessos, na origem da poesia grega ta relacionado ao vinho e a ideia do uita breuis(vida breve) e do memento muoris(lembra da morte).

então a idéia é façamos hj, porque amanhã talvez nao possamos fazer.