Corvos
Queria escrever um poema insultando todos aqueles que jogam contra mim, assim na crocodilagem. Tanto materiais quanto imateriais. aí achei este poema do augusto dos anjos, que é insuperável. entretanto um dia uso como paradigma esse poema e escrevo o meu próprio.
ASA DE CORVO (augusto dos anjos) [-_-]
Asa de corvos carniceiros, asa
De mau agouro que, nos doze meses,
Cobre às vezes o espaço e cobre às vezes
O telhado de nossa própria casa...
Perseguido por todos os reveses,
É meu destino viver junto a essa asa,
Como a cinza que vive junto à brasa,
Como os Goncourts, como os irmãos siameses!
É com essa asa que eu faço este soneto
E a indústria humana faz o pano preto
Que as famílias de luto martiriza...
É ainda com essa asa extraordinária
Que a Morte — a costureira funerária —
Cose para o homem a última camisa!
2 comentários:
Esperemos a coerção.
heheheheheh
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